É nas ruas que vamos conquistar - por Yann Evanovick

Se as gerações de outrora deixaram os registros de suas valorosas contribuições por conta do combate à Ditadura Militar e nas mobilizações do Fora Collor, por exemplo, cabe a nós comprarmos o debate do pré-sal e nos posicionarmos em favor da juventude e dos trabalhadores brasileiros.

Afinal, estes sempre foram excluídos do acesso à riqueza proporcionada pelos ciclos econômicos desenvolvidos no nosso país. Assim foi durante à exploração do Pau-Brasil, do ouro, da borracha, do café, do cacau, etc.

E assim também seria na descoberta do petróleo em solo brasileiro, a partir de 1939. No entanto, os estudantes impediram essa afronta com a campanha “O petróleo é nosso”, denunciaram os “entreguistas” que preferiam ver esta riqueza sendo explorada por empresas internacionais e conquistaram, em 1953, a fundação da Petrobrás.

Com a recente descoberta das extensas reservas de petróleo na camada do pré-sal, se descortina nova possibilidade de avançarmos no desenvolvimento do país. Por outro lado, surgem novamente àqueles que pretendem abrir ainda mais espaço para que empresas estrangeiras venham se apossar de nossas riquezas. Mas, também, existe a possibilidade de que os recursos oriundos do pré-sal sejam investidos em benefício dos brasileiros.

Por conta disso, a UNE, a UBES e a ANPG tomam o exemplo da geração do “Petróleo é nosso” e lançam a campanha em defesa de 50% do FUNDO SOCIAL DO PRÉ-SAL para a EDUCAÇÃO.

Dessa forma, pretendemos avançar nas mudanças que já estão em curso e ampliar o investimento na educação, que hoje gira em torno de meros 5% do PIB.

Reconhecemos os ganhos que representam o ingresso de milhares de novas pessoas nas universidades por meio do PROUNI e do aumento do número de vagas nas universidades federais, da criação dos IFET's, dentre outras coisas.

Mas sabemos que isso ainda e pouco, pois as estruturas das escolas e universidades precisam muito ser melhoradas e os 14 milhões de analfabetos existentes no país clamam por alguma oportunidade para terem suas vidas modificadas.

Logo, é fundamental fortalecermos essa bandeira de luta. Pautas específicas trabalhadas nos estados nos últimos anos, como a meia-passagem, o passe-livre, a reforma universitária, entre outras, são extremamente importantes. E todas elas podem ser viabilizadas caso a luta pelos 50% do pré-sal na educação seja implementada.

Portanto, é extremamente importante convergirmos o engajamento e a combatividade que nos caracteriza para, juntos, construirmos nas ruas um novo Brasil e um futuro melhor para todos.



Yann Evanovick é Presidente da UBES

PRA QUE SERVE A U.J.S MESMO??

Já me fizeram essa pergunta algumas vezes, e o interessante é que em todas as vezes eu respondi de forma diferenciada. Daí eu percebí o quanto essa UJS é plural mesmo; senão vejamos: Ela serve prá lutar contra aumento de passagens urbanas, organiza a juventude pro primeiro voto, informa o que é e como funciona o ProUni, debate a juventude negra, debate juventude indígena, faz o debate da minoria e da diversidade, opina no movimento social, faz cultura popular em bloco de carnaval e festas juninas, entre outra mil coisas nesse Brasil afora.
Será que essa UJS dá conta de tudo isso a que se propõe?

Mas foi daí que eu percebí o mais importante; a UJS só faz UMA coisa pessoal. ela INCLUI o jovem exatamente no seu campo de atuação, em sua zona segura, para daí ele tomar as iniciativas e buscar, através do convívio plural que lhe é proporcionado, militar num país e num mundo plural. Plural e eclético como é o mundo da juventude.
Ah, e ainda bem que a UJS faz muitas coisas, e entre elas nos ajudar a distribuir mais de 7 toneladas de alimentos em nosso Estado.
Valeu moçada, obrigado UJS`s.


Fonte: BLOG do ARIMATÉIA

O CÚMULO DA INTOLERÂNCIA RELIGIOSA!!!

Como vocês já sabem, denunciamos a prefeitura de Senador Guiomard - AC por crime de intolerância religiosa, o processo inclusive está tramitando na ouvidoria da SEPPIR e esperamos em breve uma resposta.

A foto que vocês vêem é a repressália do Prefeito, uma pessoa que se diz ''homem de Deus'', que tranformou a frente da casa de Pai Daniel de Oxoóssi em depósito de lixo; fato esse que adoeceu uma criança de 4 anos que mora na casa, além de mais algumas pessoas que lá residem e/ou fiéis que o procuram em seu Templo Religioso. Eu fui lá, o cheiro é insuportável. Estamos cobrando das autoridades, inclusive foi aprovada por unanimidade uma moção de repúdio na pré-conferência de cultura afro, que aconteceu nos dias 24 e 25 desse mês em Brasília.
Vamos levar a frente isso até o fim, precisamos mais nos unir e defender nossos direitos de cidadãos e cidadãs.
Em breve faremos um ato no centro da cidade, como forma de protesto.
Sem recuar, e NUNCA abrir mão de nossos direitos!

Tentando engordar o Pinto

Estava acompanhando algumas colunas jornalísticas desta semana, e uma coisa me chamou atenção. A visita do candidato a Governador pelo PMDB; Rodrigo Pinto, que também é vereador em Rio Branco.
Acho até interessante acertada, a idéia do partido de lançar um candidato pensando no futuro, claro que só um maluco e desconhecedor de política; achar que ele pode derrotar Tião Viana.

O que chamou atenção foi a agenda de visita do mesmo, pois como estava sendo coordenada pelo prefeito Wagner Sales e de sua esposa Antônia Sales; o Pintinho não teve escolha, pegou seu repelente pôs o chapéu de palha na cabeça e subiram rio acima.

É impressionante como o prefeito tem voltado suas ações, quase que exclusivamente para o beiradão dos rios. Não estou dizendo que esse povo não deveriam ser bem assistido, mas a questão é que; com tanta rejeição na zona urbana do município, o casal reafirma suas características de grandes assistencialistas do Acre.

Na bagagem dessa turma deve estar seu material de trabalho; alguns remedinhos possivelmente retirado dos poucos que existem nos postos de saúde, muitas promessas de vida melhor, debitada na eleição de Rodrigo Pinto e Antônia Sales.

Daqui pra frente a maioria das viagens do casal Sales, serão mesmo para os beiradões dos rios e igarapés, pois a pro tamanho da rejeição eleitoral na zona urbana em tão pouco tempo de mandato é de impressionar.
O Pintinho não vai ter vida fácil, pois conhecer esse estado de ponta a ponta, com conhece seus adversários não é mole.

Francisco Panthio
Diretor da UJS

Quem Já foi PMDB!!!!

Esses dias O PMDB em cruzeiro estar movimentado, a sigla que faz o papel de amante da política brasileira entra de vez na batalha eleitoral. Ouvindo atento a entrevista de alguns dirigentes fiquei pensando; nossa! tanta força de vontade de mudar a situação da população do Acre, do Juruá! Candidato a Governador e tudo Mais.

Mas por que será que toda essa vontade de revolucionar a história política do Acre só vem agora? O momento certo era quando esse partido conduziu e se manteve no poder por mais de 20 anos. E olhe que era bem mais fácil se fazer naquele tempo. Vocês davam contratos permanentes sem concursos; inclisive tem muitos funcionários analfabetos até hoje fruto do belo trabalho de vocês.

BR-364
De onde vem moral pra falar de estrada?

Me falem quantos KM vocês fizeram de asfalto na BR364? e olhe que era bem mais fácil se fazer naquela época. As leis ambientais praticamente não atrapalhavam em nada, Porque não fizeram um km pelo ao menos? ao invéis de estarem indignados com tamanho salto de crescimento e evolução do Acre nos últimos 10 anos, vamos fazer uma comparação.

Cuidar do Povo de Verdade!

vocês falam de cuidar do povo de uma forma, que nem se lembram como tratavam os funcionários; não tinham planos de cargos e carreiras, não tinham aumento, nem que fizesse greve de meses e meses, aliás; nem recebiam sindicatos. E para pagar no fim do mês? Cuidar não é facilitar e antecipar uma consulta ou um exame não, e sim lutar para melhorar o sitema público de saúde. E olha que o hospital do Juruá, começou a ser consturído no governo de vocês. Então; por que não terminaram? ao contrário desviáram dinheiro, que dava pra fazer três daqueles.

Quero ver o projeto!

Antes de tentarem enfiar de goela a baixo esse Pinto que vocês andam com ele, façam um projeto de verdade! e digam que aprenderam com a frente popular e que não vão fazer mais fazer tantas cagadas como no passado.

Escrita por
Francisco Panthio

Assista vídeo sobre o pré-sal na TV Fala Fera


 Assista vídeo sobre o pré-sal na TV Fala Fera
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Sex, 12/03/10 12h07
Igor Bruno, coordenador de Juventude da cidade do Rio de Janeiro e militante da UJS, idealizou o Blog Fala Fera, que tem feito sucesso com a galera do estado e da Cidade Maravilhosa.

O espaço já trata de cultura, baladas, política etc. Agora, criou a TV Fala Fera, que produz pequenos vídeos sobre temas de interesse juvenil. O primeiro foi sobre o pré-sal e seus impactos para o Rio de Janeiro. Clique aqui e veja.

O 58º CONEG da UNE se aproxima!

Foi convocado na 2ª reunião da diretoria plena da entidade o 58º Conselho Nacional de Entidades Gerais da UNE (CONEG), marcado para o Rio de Janeiro entre os dias 22 e 25 de abril.



Na pauta do 58º CONEG da UNE está a elaboração do "Projeto Brasil", que atualizará a opinião da UNE sobre temas como Educação, Desenvolvimento Econômico e Social, Cultura, Esportes, Saúde, Comunicação, Meio-Ambiente, Democracia, entre outros, com o objetivo de pautar a sociedade brasileira, além de subsidiar o debate de idéias do segundo semestre de 2010, ano de eleições presidenciais.

O CONEG é um dos mais importantes fóruns do movimento estudantil brasileiro, e reúne centenas de DCEs, UEEs, entidades municipais, executivas e federações de cursos de todo o país.

Leia aqui o regimento aprovado para o 58º CONEG da UNE e participe!





A programação do evento já está disponível. Confira:





Conselho Nacional de Entidades Gerais – UNE pelo Brasil!

Rio de Janeiro, 22 a 25 de abril de 2010



Quinta-feira, 22



Manhã

Mesa 1 – Pré-Sal: 50% do Fundo Social para a Educação e por uma nova Lei do Petróleo



Tarde

Mesa 2 – Financiamento e Expansão da Rede Pública de Ensino Superior

Mesa 3 – A Universidade estratégica e a integração regional

Mesa 4 – Extensão, mobilidade acadêmica, interdisciplinaridade, inovações curriculares

Mesa 5 – Gestão democrática e participação direta

Mesa 6 – Democratização do Acesso, Assistência Estudantil, Ações afirmativas e cotas raciais nas universidades

Mesa 7 – Regulamentação do ensino privado



Noite

Mesa 8 – Mais mulheres na política e mais políticas para mulheres

GDs – ME, frentes de luta, áreas de interesse

Programação Cultural





Sexta-feira, 23



Manhã

Mesa 9 – A década do esporte no Brasil

O legado dos macro-eventos esportivos no Brasil

Conferência Livre da CNE



Tarde

Mesa 10 – Ciência, Tecnologia e Inovação para um Brasil soberano

Mesa 11 – Avanços para o Sistema Público de Saúde

Mesa 12 – Por uma política democrática de comunicação para o Brasil

Mesa 13 – Meio-Ambiente e Desenvolvimento Sustentável



Noite

Mesa 14 – Política Cultural para o projeto nacional

Lançamento da 7ª Bienal da UNE

Aula-Espetáculo

Atividade Cultural e Confraternização



Sábado, 24



Manhã

Mesa 15 – Debate Principal do CONEG:

Um projeto de desenvolvimento popular, democrático e soberano para o Brasil



Tarde

Mesa 16 – Democracia, Diversidade e Protagonismo Popular

Mesa 17 – Reforma Agrária e Reforma Urbana

Mesa 18 – Políticas de Segurança Pública

Mesa 19 – Juventude e Trabalho – o presente e o futuro do Brasil



Noite

Confraternização



Domingo, 25



Manhã

Plenária Final







Da redação.

Charge

Bebendo da fonte

Depois de 20 anos é preciso olhar para si.

Foi isso que decidiu a Frente Popular nesta sexta-feira quando da instalação de seu conselho político. Estavam presentes 15 partidos.

Uma reflexão sobre a trajetória, as políticas públicas vitoriosas e os desafios postos para o futuro da aliança estarão no centro do debate nos seminários que acontecerão da segunda quinzena de abril até o final de maio nas cinco regionais do estado.

Uma oportunidade de ouro que promoverá o reencontro da militância com sua trajetória.

Momento de intensos debates e de reafirmação de princípios programáticos. Ali surgirão propostas que atualizarão nosso programa neste novo ciclo que se abre a partir das eleições de 2010.

Quem teve a capacidade de mudar radicalmente a política do Acre e iniciar a implantação de um projeto de desenvolvimento ancorado em nossas raízes de vocação florestal, saberá muito bem ajustar o foco e construir diretrizes programáticas que estejam à altura dos novos desafios sem perigo de perda do caminho.

Será um momento único de celebração para centenas de militantes do movimento social, agentes políticos e gestores públicos que poderão debater de igual num ambiente democrático e sadio. Os construtores da mudança poderão refletir sobre o feito, questionar rumos e levantar novas bandeiras.

A Frente estará “frente a frente” com sua história. Olhará nos olhos de sua militância e terá a oportunidade de repactuar sua unidade, chave de todas as suas vitórias.

Só com ousadia é possível reinventar-se. Estamos no caminho certo.

Ao debate.



Fonte: BLOG DO DEPUTADO ESTADUAL EDVALDO MAGALHÃES

A miséria moral de ex-esquerdistas

Alguns sentem satisfação quando alguém que foi de esquerda salta o muro, muda de campo e se torna de direita – como se dissessem: “Eu sabia, você nunca me enganou”, etc., etc. Outros sentem tristeza, pelo triste espetáculo de quem joga fora, com os valores, sua própria dignidade – em troca de um emprego, de um reconhecimento, de um espaçozinho na televisão.

O certo é que nos acostumamos a que grande parte dos direitistas de hoje tenham sido de esquerda ontem. O caminho inverso é muito menos comum. A direita sabe recompensar os que aderem a seus ideais – e salários. A adesão à esquerda costuma ser pelo convencimento dos seus ideais.
O ex-esquerdista ataca com especial fúria a esquerda, como quem ataca a si mesmo, a seu próprio passado. Não apenas renega as idéias que nortearam – às vezes o melhor período da sua vida -, mas precisa mostrar, o tempo todo, à direita e a todos os seus poderes, que odeia de tal maneira a esquerda, que já nunca mais recairá naquele “veneno” que o tinha viciado. Que agora podem contar com ele, na primeira fila, para combater o que ele foi, com um empenho de quem “conheceu o monstro por dentro”, sabe seu efeito corrosivo e se mostra combatente extremista contra a esquerda.

Não discute as idéias que teve ou as que outros têm. Não basta. Senão seria tratar interpretações possíveis, às quais aderiu e já não adere. Não. Precisa chamar a atenção dos incautos sobre a dependência que geram a “dialética”, a “luta de classes”, a promessa de uma “sociedade de igualdade, sem classes e sem Estado”. Denunciar, denunciar qualquer indicio de que o vício pode voltar, que qualquer vacilação em relação a temas aparentemente ingênuos, banais, corriqueiros, como as políticas de cotas nas universidades, uma política habitacional, o apoio a um presidente legalmente eleito de um país, podem esconder o veneno da víbora do “socialismo”, do “totalitarismo”, do “stalinismo”.

Viraram pobres diabos, que vagam pelos espaços que os Marinhos, os Civitas, os Frias, os Mesquitas lhes emprestam, para exibir seu passado de pecado, de devassidão moral, agora superado pela conduta de vigilantes escoteiros da direita. A redação de jornais, revistas, rádios e televisões está cheia de ex-trotskistas, de ex-comunistas, de ex-socialistas, de ex-esquerdistas arrependidos, usufruindo de espaços e salários, mostrando reiteradamente seu arrependimento, em um espetáculo moral deprimente.

Aderem à direita com a fúria dos desesperados, dos que defendem teses mais que nunca superadas, derrotadas, e daí o desespero. Atacam o governo Lula, o PT, como se fossem a reencarnação do bolchevismo, descobrem em cada ação estatal o “totalitarismo”, em cada política social a “mão corruptora do Estado”, do “chavismo”, do “populismo”.

Vagam, de entrevista a artigo, de blog à mesa redonda, expiando seu passado, aderidos com o mesmo ímpeto que um dia tiveram para atacar o capitalismo, agora para defender a “democracia” contra os seus detratores. Escrevem livros de denúncia, com suposto tempero acadêmico, em editoras de direita, gritam aos quatro ventos que o “perigo comunista” – sem o qual não seriam nada – está vivo, escondido detrás do PAC, do Minha casa, minha vida, da Conferência Nacional de Comunicação, da Dilma – “uma vez terrorista, sempre terrorista”.

Merecem nosso desprezo, nem sequer nossa comiseração, porque sabem o que fazem – e os salários no fim do mês não nos deixam mentir, alimentam suas mentiras – e ganham com isso. Saíram das bibliotecas, das salas de aula, das manifestações e panfletagens, para espaços na mídia, para abraços da direita, de empresários, de próceres da ditadura.

Vagam como almas penadas em órgãos de imprensa que se esfarelam, que vivem seus últimos sopros de vida, com os quais serão enterrados, sem pena, nem glória, esquecidos como serviçais do poder, a que foram reduzidos por sua subserviência aos que crêem que ainda mandam e seguirão mandado no mundo contra o qual, um dia, se rebelaram e pelo que agora pagam rastejando junto ao que de pior possui uma elite decadente e em vésperas de ser derrotada por muito tempo. Morrerão com ela, destino que escolheram em troca de pequenas glórias efêmeras e de uns tostões furados pela sua miséria moral. O povo nem sabe que existiram, embora participe ativamente do seu enterro.



Fonte: CARTA MAIOR

Acre debate Código florestal em audiência pública concorrida

Rio Branco – AC - Por iniciativa da deputada federal Perpétua Almeida (PCdoB-AC), a Câmara Federal realizou em Rio Branco, na última quinta-feira, 25, sua 19o audiência pública externa sobre o projeto-de-lei de reforma do Código Florestal Brasileiro. As audiências vêm sendo realizadas desde setembro em cidades localizadas em todos os biomas do Brasil – Caatinga, Mata Atlântica, Cerrado, Pantanal e Amazônia.
O evento em Rio Branco superlotou o auditório da Secretaria Estadual de Educação reunindo representante dos mais diversos segmentos da sociedade acreana. Produtores rurais, seringueiros, índios, ribeirinhos, comunidades que vivem em áreas de proteção ambiental, fazendeiros e madeireiros dividiram espaço com especialistas, estudantes, representantes do Governo do Estado e organizações não governamentais.
Foram quase seis horas de debates, entre às 15h e 21h. Mais de 40 pessoas se inscreveram para expressar suas opiniões, contra ou a favor da mudança do Código Florestal, editado em 1965. Os debates foram mediados pelo deputado Moacir Michelleto (PMDB-PR), presidente da Comissão Especial da Câmara Federal que deverá dar um parecer sobre o projeto-de-lei da Reforma do Código Florestal. Além de Michelleto, participaram da audiência em Rio Branco o relator da Comissão, deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP) e os membros titulares da comissão, deputados Anselmo Jesus (PT-RO), vice-presidente, e Paulo Piau (PMDB-MG).

A deputada Federal Perpétua Almeida (PC do B), presente na mesa de honra, declarou ser defensora de mudanças na legislação. De acordo com a parlamentar, o Código atual é injusto, pois inviabiliza as atividades dos pequenos produtores. “Acho que temos inteligência necessária e instituições competentes para fazer com que o Código Florestal passe por mudanças. As ações muitas vezes são injustas e cruéis. Tenho acompanhado a posição do Ibama não só no Estado do Acre, mas em todo Brasil e o que eles fazem com o pequeno produtor da Amazônia é um crime. Temos que buscar alternativas, do jeito que está não pode ficar”, declarou a deputada, sendo aplaudida em pé pela plateia.

ANISTIA
Perpétua apresentou em novembro do ano passado o projeto de lei 6.313/09 que anistia as multas ambientais aplicadas aos povos da floresta: ribeirinhos, seringueiros, pescadores e pequenos produtores. A deputada explicou que assim os pequenos produtores afetados pelas multas poderão requerer crédito, desde que se comprometam em reverter a multa na recuperação da área degradada, ou seja, replantando.
Para Perpétua Almeida, as instituições antes de aplicarem as multas deveriam primeiro orientar e ajudar o pequeno produtor. “As nossas instituições não estão conseguindo chegar para orientar e ajudar os produtores. Pelo contrário, já chegam multando. Também digo que não é justo que as mesmas multas que são aplicadas para os grandes produtores sejam aplicadas para os pequenos produtores, esse é outro ponto importante que me leva a defender a mudança do Código Florestal”.
A deputada disse ainda que o Brasil necessita de um Código Florestal que tenha autonomia própria, assim não colocará em risco a população atual nem a futura. “Precisamos nos unir e manter nossa Amazônia em pé”, declarou.
O deputado Edvaldo Magalhães (PCdoB), presidente da Assembleia Legislativa do Acre, também participou do evento representando o parlamento acreano. Em sua saudação aos participantes, na abertura do evento, Edvaldo lembrou que o debate sobre a reforma do Código Florestal desperta paixões e, portanto, tem que ser amplo e democrático. Tendo sido realizado em diversos estados brasileiros, o Acre não poderia ficar de fora deste debate, segundo o presidente da Assembleia.
O relator da Comissão, deputado Aldo Rebelo, fez pronunciamento justificando os debates. para a redação de um novo Código Florestal. Segundo ele, a reforma do Código estava sendo elaborada por um grupo de promotores do Estado de São Paulo sem ouvir a opinião de nenhum especialista.
A promotora de Meio Ambiente do Acre, Patrícia do Rego, há 16 anos nesta área de atuação, se pronunciou contra a reforma do Código, mesma opinião do Governador do Acre, Binho Marques (PT), representado pelo secretário de Meio Ambiente, Eufran Amaral.
Mas, os posicionamentos pela reforma do Código foram maioria. As multas aplicadas aos produtores rurais e as limitações de área para cultivo na Amazônia foram os principais alvos das críticas. O Código atual limita em 20% o total da área que pode ser utilizado para exploração econômica na região e impede qualquer atividade nas margens dos rios, as chamadas Áreas de Preservação Permanente. Desta forma, torna impossível a sobrevivência das comunidades ribeirinhas.
O presidente da Comissão, deputado Moacir Michelleto adiantou que o relatório do deputado Aldo Rebelo deverá ser apresentado à Câmara ainda na primeira quinzena de março e irá ser debatido em abril no Grande Plenário do Congresso, que reúne a Câmara e o Senado Federal.

Pet Socialista

Charge